quinta-feira, 14 de junho de 2012

Barbárie urbana


Não gosto de generalizações, senso comum, preconceitos, reducionismos. Detesto. Acho que em todas as classes sociais, todas as profissões, todas as nacionalidades, todas as religiões, todos os times de futebol, todas as idades têm gente legal, gente chata, gente do bem, gente do mal, gente alegre, gente triste. Enfim, toda a diversidade humana.

Apesar disso, estou quase cedendo à máxima de que todo motoboy é maluco, mal-educado, imprudente, grosseiro, desumano e irresponsável.

Hoje, ouvi todos os impropérios, agressões e ofensas, no trânsito, de três motoboys, apenas pelo fato de, ao mudar de faixa, e o farol fechar, ficar por cerca de 2 minutos obstruindo a passagem/corredor que eles julgam ser apenas para uso deles, e que ninguém tem o direito de cruzar ou parar.

Quanta grosseria, violência, falta de delicadeza, de humanidade, de caráter.

Recentemente, um outro desumanizado, na ânsia da sua pressa desmedida, derrubou um motociclista, para sair de sua frente, provocando uma grave lesão no ombro da vítima, uma cirurgia complicadíssima, dores absurdas, um mês imobilizado e afastamento de suas atividades profissionais. Isso porque teve sorte de não perder a vida.

Nem mesmo a antiga solidariedade entre os que andam sobre duas rodas existe mais. O causador do acidente viu que derrubou uma pessoa e, mesmo assim, seguiu adiante, sem parar para prestar socorro, sem o mínimo de preocupação com outro ser humano.

Pressa, pressão no trabalho, falta de grana, problemas familiares, estresse com o trânsito caótico, nada disso, aliás, motivo nenhum na vida justifica tamanho embrutecimento humano. 

Queria saber como resolver isso, como colocar amor em corações tão endurecidos...